Comunicação não violenta: tudo o que você precisa saber para praticar no dia a dia

A maneira como você se comunica tem impacto direto nas suas relações profissionais, especialmente quem lida com clientes e trabalha com vendas ou negociações.

Colocar em prática uma Comunicação Não Violenta (CNV) é uma forma de transmitir uma imagem pessoal melhor e criar vínculos muito mais eficientes para o seu dia a dia.

Mas como praticar os princípios centrais da CNV?

Neste artigo, você verá os 4 passos básicos para utilizar a CNV em situações específicas e poderá se informar melhor sobre este tema. Confira!

Comunicação Não Violenta: o que é, afinal?
A Comunicação Não Violenta passou a ser muito citada nos últimos tempos. O motivo? Agora, se valorizam significativamente as soft skills, que são habilidades subjetivas e ligadas à inteligência emocional.

Em outras palavras, os profissionais são julgados pelo controle emocional que mostram ter. Com isso, além de melhorar o currículo com cursos e certificados, o que se nota, hoje, é uma procura por se comunicar melhor. E, aqui, entra a CNV.

Podemos definir a CNV como uma forma mais empática de se comunicar. Sabe aquele ditado popular de “pensar antes de falar”? Pois bem, simplificadamente, nisso consiste a CNV. É pensar e planejar bem as suas abordagens ao lidar com os demais.

O conceito de CNV foi desenvolvido por um psicólogo, o Marshall Rosenberg. A intenção é sair das reações rápidas e ter mais empatia para lidar com situações cotidianas, principalmente as adversidades.

E uma comunicação violenta, o que seria?
Nem sempre é fácil notar que temos uma comunicação violenta no nosso cotidiano. Pode ser mais simples, inclusive, perceber esses traços em outras pessoas. Ainda assim, é importante saber o que se considera como “violento” na comunicação. Veja:

Usar adjetivos e generalizações
Generalizações costumam ser um erro. Quando um líder diz que o profissional é “incompetente”, por exemplo, há uma generalização. Dizer isso – para esse profissional ou para terceiros – é um exemplo de comunicação violenta.

O que fazer? Focar sempre na ação e performance, nunca no profissional. Ao invés de usar um adjetivo ruim, o ideal seria citar uma situação específica para dialogar com o profissional. “Este projeto não está tão bom quanto poderia”, é um exemplo.

Transferir culpa
Uma venda que estava praticamente fechada não se concretizou. Qual é seu impulso inicial? Se for procurar e apontar culpados, é um sinal de alerta. Afinal, procurar ou transferir culpa é um dos sintomas da comunicação violenta.

O que fazer? Mais uma vez, o foco deve estar na ação e não no profissional. Aqui, seria indicado pensar em qual parte do processo a venda perdeu o fôlego e tentar encontrar erros nesse processo – não naqueles que o executaram.

Ser impositivo
Hierarquias existem e têm papeis importantes em qualquer negócio. No entanto, utilizar dessa hierarquia para ser impositivo é uma das ações da comunicação violenta. Existem maneiras muito mais equilibradas e inteligentes emocionalmente.

O que fazer? Substituir frases como “sou seu superior” ou “você responde a mim” por uma abordagem mais empática e, certamente, mais eficaz.

Os 4 passos da Comunicação Não Violenta: quais são eles?
Para aplicar a CNV em seu cotidiano, são necessários apenas quatro passos. Eles devem ser utilizados em situações específicas. Imaginemos uma: um profissional está com as vendas muito abaixo do que seria o esperado e você é o líder desse setor.

Os passos para aplicar a CNV ao abordar esse profissional são os seguintes:

1. OBSERVAÇÃO: este passo acontece bem antes da sua conversa com o profissional. Aqui, você vai fazer uma autoanálise e pensar em como reage a situações desse tipo normalmente.

2. SENTIMENTO: a segunda etapa é muito similar à primeira. Nesta autoanálise, você vai observar a maneira como se sente em relação a esta situação, se o seu impulso inicial é de raiva, por exemplo.

3. NECESSIDADES: neste passo, que começa a aproximar da prática em si, você vai deixar bem claro quais são suas necessidades. Como você gostaria que as vendas e negociações fossem feitas e quais resultados seriam os ideais.

4. PEDIDO: o último passo consiste na abordagem a esse profissional, considerando as etapas anteriores. Você fará os pedidos a esse profissional, pensando nas necessidades que identificou no passo 3.

Você pode notar que os 4 passos básicos da CNV desaceleram o processo de comunicação, não é verdade? Essa desaceleração permite refletir melhor sobre o que dizer e, mais ainda, sobre o como dizer.

Ao colocar em prática os princípios da CNV, o que se logra é conseguir falar sem ferir, criando e sustentando relacionamentos melhores e melhorando também o ambiente corporativo.

Fonte:
www.thespeaker.com.br

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